terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Sobre o Natal... #1

     Oi Pessoal! 

     Faltando tão pouquinho tempo para o natal, resolvi que farei vários posts tendo essa data como o principal tema! Espero que gostem da ideia e boa leitura! :D


O Local Humilde do Nascimento

     "A imaginação de qualquer pessoa fica inquieta ao pensar na conversa que o dono da hospedaria teve com sua família à mesa do café. Alguém mencionou a chegada do jovem casal na noite anterior? Perguntou como estavam? Ou comentou a gravidez da moça que veio montada em um jumento? Talvez. É bem possível que alguém tenha tocado no assunto. Contudo, na melhor das hipóteses, se alguém levantou a  questão, ela não foi discutida. Não havia nada de extraordinário neles. Foram provavelmente apenas mais uma das muitas famílias rejeitadas naquela noite.
     Além do mais, quem tinha tempo para conversar sobre eles com tanta agitação ao redor? Augusto fez um enorme favor à economia de Belém quando decretou a realização de um censo. Quem poderia se lembrar disso em um momento de tanto alvoroço no vilarejo?
     Não é muito difícil que alguém tenha mencionado a chegada do casal ou se preocupado com a condição da moça. Estavam ocupados demais. O dia seria cheio. Tinham de preparar o pão do dia. As tarefas da manhã precisavam ser realizadas. Havia coisas demais em que pensar para imaginar que o impossível havia acontecido. Deus viera ao mundo por meio de um bebê! Não poderia haver lugar mais humilde para um nascimento!
     Do lado de fora havia um grupo de pastores. Estavam sentados no chão em silêncio. Talvez perplexos, talvez com medo, mas certamente maravilhados. Sua vigília noturna fora interrompida por uma explosão de luz vinda do céu e uma sinfonia de anjos. Deus vai até aqueles que têm tempo de ouvi-lo – assim, naquela noite sem nuvens, ele foi até simples pastores de ovelhas.
     Ao lado da jovem mãe está o pai cansado. Se há alguém sonolento ali, é ele. Não se lembra da última vez em que se sentou. Agora que aquela agitação havia diminuído, agora que Maria e o bebê estavam confortáveis, ele se encosta à parede do estábulo e sente os olhos  pesarem. Ele ainda não havia entendido tudo. O mistério do evento o confunde. Entretanto, não possuía força para pensar naqueles  questionamentos. O importante é que o bebê está bem e que Maria está segura. Com a chegada do sono, lembra-se do nome que o anjo pediu que ele colocasse no menino… Jesus. “O nome dele será Jesus”.
     Maria, porém, está bastante desperta. Puxa como ela é jovem! Sua cabeça repousa sobre o couro macio da sela de José. A dor foi  suplantada pela admiração. Ela olha para a face do bebê. Seu filho, Seu  Senhor, Sua Majestade. Nesse ponto da história o ser humano que melhor compreende que é Deus e o que está fazendo é a adolescente deitada naquele estábulo malcheiroso. Ela não consegue tirar os olhos dele. De alguma forma sabe que está segurando o próprio Deus.".
     Max Lucado

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